02/05/2020

Vai pagar impostos? Com pandemia, governo dá desconto e mais prazo; entenda

O estado de calamidade pública por causa do coronavírus fez o governo federal rever a cobrança de impostos, contribuições e outros tributos. A lista de medidas inclui o adiamento da declaração do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), o fim do imposto de importação sobre produtos essenciais no combate à pandemia e o parcelamento de tributos pagos pelos empregadores. Se você tem de pagar impostos, confira a seguir as principais alterações.

 

IRPF e outras declarações adiadas

A declaração do Imposto de Renda tinha prazo final de entrega previsto para 30 de abril, mas o governo adiou para 30 de junho. Veja abaixo uma lista de declarações adiadas para pessoas físicas e jurídicas:

Declarações adiadas

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Declaração
 
Prazo original
 
Novo prazo
Defis - Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais 31/mar 30/jun
DASN-MEI - Declaração Anual do Simples Nacional para MEI 31/mai 30/jun
DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais 23/abr, 22/mai e 19/jun 21/jul
Sped-Contribuições - Serviço Público de Escrituração Digital 15/abr, 15/mai e 12/jun 14/jul
CBE - Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior 5/abr 1/jun
IRPF - Imposto de Renda da Pessoa Física 30/abr 30/jun

 

PIS, Cofins, INSS patronal e outros

A cobrança de alguns impostos e contribuições foi adiada sem juros ou multa. É o caso do PIS (Programa de Integração Social), da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e do INSS patronal (contribuição previdenciária paga pelo empregador). O FGTS recolhido pelos empregadores também foi adiado para julho, com parcelamento até dezembro. A regra vale inclusive para quem tem empregado doméstico. O Simples Nacional foi adiado, mas com prazos diferentes para os tributos federais, os tributos regionais e os MEIs (Microempreendedores individuais). Confira:

 

Tributos adiados

Simples Nacional - tributos federais (IR, CS, PIS, Cofins, IPI, CPP)
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Mês de referência
 
Prazo original
 
Novo prazo
março 20/abr 20/out
abril 20/mai 20/nov
maio 22/jun 21/dez
Simples Nacional - tributos regionais (ICMS e ISS)
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Mês de referência
 
Prazo original
 
Novo prazo
março 20/abr 20/jul
abril 20/mai 20/ago
maio 22/jun 21/set
Simples Nacional - MEI
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Mês de referência
 
Prazo original
 
Novo prazo
março 20/abr 20/out
abril 20/mai 20/nov
maio 22/jun 21/dez
FGTS
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Mês de referência
 
Prazo original
 
Novo prazo*
março 7/abr 7/jul a 7/dez
abril 7/mai 7/jul a 7/dez
maio 7/jun 7/jul a 7/dez
*em 6 parcelas, sem juros ou multa
PIS, Cofins, INSS patronal e CPRB
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Mês de referência
 
Prazo original
 
Novo prazo
março 24/abr 25/ago
abril 25/mai 23/out
 
Tributos reduzidos
Houve redução de impostos para produtos considerados essenciais durante a crise de saúde pública do coronavírus —como medicamentos, equipamentos de proteção pessoal, respiradores, álcool em gel e desinfetantes. Para reduzir a carga tributária nesses itens, o governo federal zerou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto de Importação). Essas medidas valem até o final de setembro. Também foi zerada a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre operações de crédito até 3 de julho. Houve ainda a redução de 50% das contribuições ao Sistema S, que financiam um conjunto de nove instituições de interesse de categorias profissionais (como Sesi, Sesc, Senai e Sebrae). O desconto vale para os meses de abril, maio e junho.
 

Tributos reduzidos

Sistema S
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Período
 
Nova alíquota
abril a junho redução de 50%
IOF em operações de crédito
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Período
 
Nova alíquota
3/abr a 3/jul zero
IPI e II*
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Período
 
Nova alíquota
até 30/set zero
*de produtos específicos relacionados à pandemia, como álcool em gel, desinfetante, equipamentos de proteção e medicamentos
 
 
 
(Fonte: Ministério da Economia, Receita Federal e escritório Melcheds Advogados)
 

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